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O Fenômeno Neymar: Céu é o limite?

  • Foto do escritor: Felipe Sapia
    Felipe Sapia
  • 21 de out. de 2020
  • 4 min de leitura

Quando o assunto é Neymar, as opiniões se divergem fortemente. Algumas pessoas são contra tudo que o jogador faz, julgando todas as decisões dentro e fora de campo, exaltando as polêmicas e criticando qualquer comportamento dele, principalmente quando se trata da Seleção Brasileira. Outras, como eu, preferem exaltar as conquistas de Neymar, defendendo seu estilo de jogo e compreendendo o lado pessoal. É claro que, a partir do momento que ele escolhe ser uma pessoa pública, é necessário aguentar as críticas e se acostumar com pessoas se metendo em sua vida, mas cá entre nós, será que é justo todo o "hate" que Neymar recebe?


Reprodução / CBF

Sua primeira partida com a camisa da Seleção foi em 10 de agosto de 2010 contra os Estados Unidos. A expectativa para a estreia do garoto já era alta, ele já tinha conquistado o Campeonato Paulista e Copa do Brasil pelo Santos sendo destaque do time com apenas 18 anos. Além disso, as pessoas pediam que o jovem garoto fosse convocado para a Copa de 2010, mas Dunga optou por não levá-lo, causando uma comoção nacional. Enfim, Mano Menezes, que assumiu a Seleção após o fracasso de Dunga no torneio, convocou Neymar para o primeiro jogo pós-copa. Neymar precisou de apenas 28 minutos para marcar o primeiro gol com a Amarelinha, e esse foi o início de uma história com números impressionantes.


A questão é que as críticas comportamentais são válidas, mas quanto a parte técnica não tem discussão, Neymar é um gênio. Os críticos se recusam a ver o óbvio, preferem chamá-lo de pipoqueiro, afinal, não ganhou uma Copa do Mundo. Mas, as pessoas que criticam isso são as mesmas que idolatram Messi, mesmo nunca tendo ganho um título sequer com a camisa da Seleção Argentina. Querendo ou não, Neymar comandou o time na conquista do ouro inédito nas Olimpíadas de 2016 e também tem a Copa das Confederações de 2013 no currículo. Caso não se lembrem, a final foi contra a Espanha, campeã da Copa de 2010.


Em 2014, Neymar ficou fora da Copa por uma lesão gravíssima nas costas, não jogou contra Alemanha e mesmo assim culpam-no pela falta do título neste ano. Já em 2018, o jogador passou 3 meses parado por causa de uma lesão no pé e foi novamente massacrado. A falta do título das duas Copas são colocadas nas costas de Neymar, não da equipe toda e isso é preocupante, uma vez que o futebol é um esporte coletivo e não individual.


Além disso, a imagem de "cai-cai" que colocaram em Neymar na Copa de 2018, para mim, é injusta. O que acontece é que Neymar realmente apanha, é o cara que mais recebe faltas na maioria dos jogos e, muitas vezes, precisa "se jogar" para evitar lesões. As pessoas aproveitaram que este assunto estava em pauta e quiseram massacrar o jogador. Cá entre nós, virou moda criticar Neymar.


A justificativa de muitas pessoas é que o camisa 10 é polêmico fora do campo, "ele devia falar menos e jogar mais", dizem essas pessoas. Talvez estejam certas, mas vale uma reflexão: será que se os grandes jogadores do passado como Romário, Ronaldo, Ronaldinho e tantos outros jogassem hoje em dia (2020) não estariam envolvidos em tantas polêmicas quanto Neymar? Eu sinceramente duvido que seria diferente. A verdade é que hoje, os tempos são outros, a tecnologia aumentou e, com ela, a vida pessoal de pessoas públicas ficou cada vez menos privada. Não é mais possível esconder as coisas da grande mídia.


Sejamos francos: para Seleção Brasileira, na última década, quem foi melhor que Neymar? Qual jogador foi mais decisivo que ele? Qual jogador foi mais importante que ele? Não tem. Neymar foi, nos últimos 10 anos, e ainda é o jogador mais importante da Seleção Brasileira.



Reprodução / Esporte Interativo

No último jogo contra o Peru (13/10/2020), Neymar ultrapassou Ronaldo Fenômeno na artilharia da Seleção, se tornando o 2° maior artilheiro da história com 64 gols, atrás apenas de Pelé, que tem 77. Além disso, Neymar é, disparado, o maior garçom do século, com 47 assistências, totalizando 111 participações diretas em gols em 103 partidas.


Enquanto os haters criticam a qualquer custo, os admiradores de Neymar aplaudem suas conquistas. Muitos dizem que os números não têm importância nenhuma só porque ele não ganhou Copa, mas não consideram que outros grandes jogadores como Ronaldo e Pelé tinham uma seleção de craques muito fora da curva ajudando-os, o que não acontece hoje em dia. Neymar é gênio assim como Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho, Pelé e Garrincha, a diferença é que todos eles ganharam copas coletivamente, por causa de seleções absurdas. Pelé não ganhou uma Copa sozinho e Ronaldo também não. Mesmo assim, os críticos cegos ainda dizem que Neymar não está no patamar deles por não conseguir carregar 10 jogadores nas costas sozinho.


Enfim, haters, abram os olhos e apreciem o bom futebol. Neymar deixou de ser o "MeninoNey" e se tornou o "AdultoNey". Está mostrando uma evolução comportamental e sim, querendo admitir ou não, ele amadureceu. Neymar vêm jogando cada vez mais e falando cada vez menos. Tal processo aconteceu também com Cristiano Ronaldo que, conforme o tempo foi passando, deixou de ser um "menino mimado" para se tornar o exemplo de jogador e pessoa que é hoje. Enquanto vocês criticam, o camisa 10 caminha para ser o maior artilheiro e garçom da história da Seleção. Sem sombra de dúvidas superará os números de Pelé.


Sigam o exemplo de Ronaldo Fenômeno e sejam gratos por ver um brasileiro no topo.



Reprodução / Instagram do Ronaldo Fenômeno


2 commenti


crzocolotti
22 ott 2020

Realmente Fê um belo ponto de vista!

Concordo plenamente com você.

Parabéns

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gufacure10
22 ott 2020

Realmente, gerações passadas foram bem melhores. Se pegar a seleção de 2002, tinham craques como Rivaldo, Ronaldo, R10 e outros craques.

Romário em 94 tinha Bebeto, Mazinho, Raí (apesar de ter virado reserva durante a Copa), Zinho, um monstro de volta que era o Dunga.

Nessa geração do Neymar, ele não tem outros caras no nível dele; igual o R9 tinha em 2002. Se o Neymar tivesse um cara do nível dele ou quase, já tinha ganho uma Copa. Lógico, Firmino é um craque, mas seu desempenho, na seleção, comparado ao o que ele apresenta no Liverpool, é mediano.

Se o Dunga tivesse levado ele e o Ganso pra 2010, poderíamos ter ganho aquela Copa. Iríamos passar da Holanda provavelmente,…

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