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  • Foto do escritorFelipe Sapia

Mesmo com 6 desfalques, Boca supera o Santos na La Bombonera por 2 a 0

A partida entre Boca Juniors e Santos tinha um marco ruim para o Peixe. Ariel Holan, ex-técnico do Santos, pediu demissão na última segunda-feira (26), as vésperas de um importante jogo. O técnico argentino tinha um contrato de 3 anos, mas interrompeu o vínculo após 2 meses, após não conseguir resultados e sofrer violências por um grupo de 'torcedores'. Para o clássico sul-americano, Marcelo Fernandes assumiu a equipe e montou a escalação exatamente como no jogo contra o San Lorenzo.


Embora o mais esperado fosse outra partida tímida da equipe da baixada, no 1° tempo, o Santos parecia com mais vontade, correndo mais e se esforçando para fazer jogadas. Taticamente, na parte ofensiva o Peixe fez o que o Holan pedia, muita movimentação, linhas altas e jogar propondo o jogo. Já defensivamente, o esquema tático usado era muito parecido com o que o Cuca usava ano passado: um 4-4-2 com os alas voltando bastante. A diferença é que a marcação de hoje contava com as linhas altas, diferentemente do que o Cuca usava ano passado.


O que parecia ser uma boa partida do Santos, se tornou um desastre. O Boca parecia com medo, jogando recuado. Compreensível, já que tiveram 6 desfalques por Covid. Enfim, o Boca soube fazer muito bem seu papel e explorou bem os erros da equipe santista.


4° jogo sem dar perigo ao gol adversário

Santos não faz uma boa partida e Boca leva a melhor. / Reprodução: Terra

Nesta terça, o Santos fez a quarta partida sem sequer dar trabalho ao goleiro adversário. Considerando o tamanho da instituição Santos Futebol Clube, isso é inadmissível. Sobre o jogo, o Peixe fez 10 ótimos minutos, e só. Os 10 primeiros minutos pareciam um Santos diferente dos últimos jogos. Entretanto, logo ficou claro que se tratava do mesmo Santos das últimas partidas: um time sem identidade, vontade e efetividade.


Após propor o jogo durante todo o primeiro tempo e não ser nada efetivo, o Peixe levou o primeiro gol logo no começo da segunda etapa. Isso fez com que o time tivesse que ir mais para cima, subindo cada vez mais as linhas. De duas, uma: ou o Santos seria efetivo e buscaria o resultado, ou as linhas ficariam mais espaçadas e levariam outro gol em contra-atraque. Vendo o cenário do Clube, fica claro o que aconteceu. O Peixe levou o segundo gol em uma bola nas costas.


É preciso, também, destacar as falhas individuais. Felipe Jonatan falhou na marcação no 1° gol, Marinho cometeu um erro infantil no 2° gol, Pará foi mal em um geral, Pirani foi extremamente discreto e a arbitragem foi muito mal.


A inteligência e efetividade argentina

Tévez comemorando seu gol. / Reprodução: GE

O Boca conseguiu ir bem em todos os aspectos que o Santos foi mal. Passou 10 minutos muito discretos e foi crescendo aos poucos. Não teve o controle real da partida em nenhum momento, por mais que tenha controlado a partida em uma espécie de 'jogo de xadrez'.


Enquanto o Santos ficava com a bola mais tempo, mas apenas tocava de lado, os argentinos conseguiram se proteger muito bem atrás e quando teve a oportunidade, deu muito perigo ao gol de João Paulo, ou até fez o gol. Carlitos Tévez, com seus 37 anos, fez o primeiro gol como um bom centroavante, oportunista. Além disso, foi muito bem na jogada do segundo gol, dando uma bela assistência para o Villa.


Mesmo com todos os acertos, é impossível não falar da arbitragem nessa partida. Entre faltas não dadas e impedimentos sem nexo com o Santos, o árbitro - que parecia estar mal posicionado em todas as jogadas - e o bandeirinha falharam em diversos lances, mas o principal foi na jogada do primeiro gol do Boca. O Peixe levou mais um gol de escanteio, um dos pontos mais fracos da equipe, mas a grande questão é que foi um escanteio mal marcado.


As próximas semanas na Vila Belmiro

A semana do Peixe para o elenco será pesada visando uma melhora no Paulista e uma tentativa de sobrevivência na Libertadores. Entretanto, por mais incrível - ou terrível - que pareça, esse é o menor dos problemas do Peixe. O foco terá que ser a blindagem do elenco contra o clima ruim que o time vive e a busca por um novo técnico, urgentemente.

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