Fernando Diniz, ex-técnico do São Paulo, foi anunciado como técnico do Santos no último sábado (08), mas fez seu primeiro jogo no comando na terça-feira (11) contra o Boca Juniors na Vila Belmiro. Do lado santista, só existia uma opção: ganhar. Isso porque o Peixe perdeu a partida de ida contra o Boca e contra o Barcelona, e ganhou apenas do The Strongest, fazendo com que tivesse 3 pontos, atrás de Boca com 6 e Barcelona com 9. Logo, fica claro que apenas a vitória importava para o Santos que ainda sonha com a classificação para o mata-mata.
O Boca - que na última partida tinha 6 casos de Covid - tinha seu time completo, já o Santos perdeu uma peça importante: Marinho. Em seu lugar, Ângelo foi escolhido e, por mais que não tenha acertado muitas jogadas por detalhe, não sentiu a pressão e chamou a responsabilidade indo para cima e criando jogadas.
Ângelo foi cheio de atitude para o jogo / Reprodução: Ivan StortiO que mais vale ser destacado nessa partida foi a raça do time que, mesmo tendo jogado 48 horas antes, correu o jogo inteiro e não desistiu de nenhuma bola, mostrando um fôlego imenso e uma vontade de ganhar surreal. Além disso, é necessário falar sobre a arbitragem que foi - novamente - muito mal. Além da nítida falta de critério para as faltas, o uruguaio Christian Ferreyra não marcou um pênalti claro para o Santos e também, após uma sequência de lances bizarros, expulsou os dois técnicos.
O 'Dinizismo' no Peixe
O time veio a campo com a mesma escalação do último domingo, o que já era esperado. O grupo fez uma ótima partida, demonstrando muita garra e vontade, e, mesmo que em certos momentos tenham parado de controlar o jogo, não deixaram de lutar em hora alguma. O meio-campo - Jean Mota, Balieiro e Pirani - funcionou e o destaque, novamente, vai para Pirani que além de construir ótimas jogadas ofensivas, se mostrou um bom jogador defensivo, correndo os 90 minutos e não perdendo divididas, lembrando o Diego Pituca. Essa atuação do meia foi extremamente importante para se firmar com o elenco e para mostrar que, quando puder jogar mais solto marcando menos, tem tudo para ser o camisa 10 que o Alvinegro Praiano vem buscando há anos.
Gabriel Pirani foi destaque novamente / Reprodução: Ivan StortiOutro destaque vai para Kaiky que é - sem dúvidas - a maior promessa defensiva do futebol brasileiro. O garoto de 17 anos se mostra um zagueiro brilhante, jogando sem sentir a pressão e parecendo um veterano em campo. Seu desempenho é tão bom que times da Europa, como Ajax, Manchester United e Juventus, já estão de olho nele. O garoto tem uma multa rescisória de 70 milhões de euros e seu contrato vai até 2023.
O resto do grupo foi muito bem e, por mais incrível que pareça, o Santos não teve destaques negativos. Felipe Jonatan, que estava jogando mal nos últimos jogos, fez o golaço da vitória após uma bela jogada trabalhada. Após o jogo os jogadores revelaram que a jogada do gol foi treinada por Diniz no treino de segunda, mostrando que o grupo quer aprender muito com o novo técnico.
As próximas semanas
Por causa da eliminação no Paulista, Diniz terá mais tempo para treinar, conhecer o elenco e implantar seu estilo de jogo. Agora, o foco do Santos é ganhar as duas próximas partidas da Libertadores (dia 18 e dia 26), para que o sonho da classificação ainda esteja vivo. Além disso, os torcedores santistas precisam torcer para tropeços de Barcelona e/ou Boca. O cenário do Santos é complicado, mas longe de ser impossível, afinal, agora a equipe está com o técnico novo e tem tudo para dar certo.